Certa vez, disse o Buddha uma parábola:
Um homem viajando por um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre corria no seu encalço. Aproximando-se de um precipício, o homem tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem nas suas suas mãos e pendurou-se precipitadamente, na beira do abismo. O tigre farejava-o acima de si. Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre à sua espera. Apenas a vinha o sustinha.
Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento os seus olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com a outra e comeu-o.
"Que delícia!", disse ele
Reflexão: Perante a transitoriedade do corpo e a transitória impermanência da ilusão, a imortalidade do Eu emerge no aqui e agora... Talvez tenhamos todos de neutralizar o instinto de sobrevivência para perceber a diferença entre efémero e eterno... Que possa o mundo ser saciado com esta compreensão - Sorte e Azar são duas faces da mesma moeda... A grande riqueza é esta compreensão...
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